quarta-feira, 26 de novembro de 2008

A VELHA ARTE NOVA OU A NOVA ARTE VELHA?!

A velha Arte Nova ou a nova Arte velha?!
A arte contemporânea mostra-se anacrônica, igual a de outra época, influenciada demais para ser nova. Por Arte contemporânea subentende-se que haja no mínimo algo de original. Em relação aos artistas, posso dizer até que não são ruins, mas nenhum genial. Penso que são eternos alunos ou pelo menos artistas não amadurecidos ainda, ou pior, catedráticos demais, o que de certa forma tosa a liberdade da expressão em si. Explicam demais o que a Arte abnega. A Arte de hoje flerta com a pose de ser celebridade, traz o artista na frente da obra.
Os artistas do mundo caduco, desses que ninguém tem notícias e não se interessam pela mídia, é muito provável que sejam bem mais interessantes, diferentes desses pseudo-artistas-intelectuais, que nos dias atuais, só nos fazem perder tempo. Não são todos, é claro, mas boa parte deles.

ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLICA


Tsunami de lama, catástrofe total, um pandemônio de acontecimentos atrozes catastróficos, mortes, desaparecimentos, deslizamentos. Ruas totalmente fadadas, vidas ceifadas pelo inesperado, ruas alagadas, carros e pessoas arrastados pelas ruas, feito Judas sem perdão, soterradas pelas enchentes, doenças contagiosas, rodovias interditadas, corte de energia, escuridão, estado de calamidade pública.
Blumenau, Santa Catarina, uma imagem ao vivo, mórbida, uma encosta vindo abaixo, despencando sobre as casas, destruindo o concreto da vida real, famílias, filhos, parentes, amigos. Tudo muito triste, muito, muito triste!

CAFÉ DA MANHÃ

Dirigindo um carro de luxo da empresa para qual presto serviço, perdido numa das ruas do bairro de Irajá, avisto aflito, um guarda à sombra, parado ao lado da sua moto, na calçada. Me aproximo para pedir informação e noto que ele logo entra em alerta com o meu carro de vidro fumê. Imediatamente, solta do coltre a sua pistola e engatilha, mesmo sem sacá-la totalmente e me aguarda taciturno. Esperto, trato logo de baixar o vidro da janela para que ele me veja, a mim e a minha gravata, antes mesmo do carro parar. Sou trabalhador seu guarda, penso! “Bom dia seu guarda, por obséquio, eu procuro a rua...
Ele relaxa, guarda sua arma e muito educadamente me atende.
Ele volta à sua rotina e eu a minha.
Em tempos vis, nada demais! Nada demais! Mas saio de lá transformado. Estamos mesmo por um triz!
Era naquele momento, dez e quarenta e cinco da manhã!

sábado, 22 de novembro de 2008

O HOMEM

Nenhum homem é suficientemente forte ou capaz de resistir ao seu próprio coração. Se ele se mantém em solo inseguro, improdutivo, é tão somente por conta de uma paixão ainda não descoberta, ausente, que ainda não o impulsionou para aquilo que ele pensa que quer ou ardentemente deseja.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

OS AUTOMÓVEIS

Eu fico me perguntando onde pode caber tanto automóvel assim nas ruas do mundo! Se a indústria não pára nunca e vende diariamente não sei quantos milhões de carros por dia! E esses novos e maravilhosos carangos passam imediatamente a ocupar as vias, que são feitas para eles, que desfilam pomposos por ela. Os que já existiam, continuam existindo, não são descartáveis e assim vão se multiplicando sem parar. Amanhã mesmo (ou hoje, ainda) já estarão sendo fabricados em série, novos exemplares e tantos outros vendidos. E a produção não pára! Fico me perguntando, onde a gente vai parar?!
Num documentário, uma grande empresa automobilística foi processada por um defeito em série constatado em seus automóveis, que causou a morte do usuário. Depois de cálculos para sanar o problema, chegaram a conclusão que era mais lucrativo indenizar um eventual acidente fatal que mandar consertar a falha que lhe custaria muito mais, uma vez que o acidente poderia acontecer uma vez ou outra e não sempre. Ou seja, deixa morrer que a gente paga! O capitalismo selvagem do mundo de hoje é de fato bem selvagem! O próprio Karl Marx profetizou que este mesmo capitalismo que move o mundo e os homens, quando em demasia, se estrangula sozinho. Mas e agora, se estamos sem freios descendo a ladeira?!

CÁRCERE


Detesto gente que tem o prazer de criar pássaros na gaiola. Dão de tudo e do melhor para a doce criatura, água, comida, cuidados. Adora vê-los cantando, pensando equivocado, que estão felizes, por isso cantam! Será que nunca lhes ocorreu de que o pássaro pode está reclamando, pedindo socorro?!
É uma lástima, porque aqui ele tem de tudo, do bom e do melhor! Então quer dizer que se estivesse este homem numa cela, tendo tudo, do bom e do melhor, porém preso, enjaulado, ele estaria feliz?!
Um dia ocorreu-me a idéia de montar uma gaiola de ouro e dentro dela despojar mobílias de uma sala de estar, bem bonita, com TV, rádio, geladeira, música e um boneco lá dentro, representando o homem, tranqüilo, sentado de frente para a tv, tragando o seu cigarro em sua bela sala de estar, e pendurá-la numa árvore na praça, para que todos pudessem apreciar a vida pacata e feliz que um homem pode ter, tendo de tudo numa prisão, sem ter feito absolutamente nada para merecer o cárcere. Será que entenderiam ou simplesmente achariam graça?!

O MENINO PERDIDO


Um menino se perdeu no shopping. Seu avô, desesperado, queria saber. “Vocês viram um menino desse tamanho por aí?! Seus olhos queimavam de medo e urgência. Era agonizante ver tanta gente passeando indiferente a ele. Felipe! chamava baixinho, o avô triste, pelo neto perdido. “Felipe, meu filho!”
Em alguns infinitos e angustiantes minutos depois, os autos-falantes anunciavam o seu reencontro. Felipe estava a salvo! Ele fugira até a praça do shopping para ver papai Noel! Felipe tinha 4 anos de idade e estava feliz da vida!

ESCURIDÃO


Uma fúria descontrolada, por nada, contra eles mesmos, inexplicável. Alunos de uma escola na cidade de São Paulo se rebelam, fazem motim, quebram tudo, fazem de reféns seus professores e os torturam na sala de aula, arma de fogo, descontrole!
Parece haver uma essência maligna no ar, o mundo começa a desmoronar, se descontrola de uma tal maneira apocalíptica que chega a assustar. Há algo de suspeito no ar que respiramos, um concunspioso cheiro de sangue fomentando o cio do mundo. A juventude está em pane e a esperança morta, já começa a exalar o fétido aroma na escuridão. Pai ignora filho, filhos matam pais, crianças tratadas como mercadorias, órgãos humanos negociados no mercado negro, amigos juvenis estuprando meninas no colégio. Se isso não for o fim do mundo, eu não sei mais o que isso possa ser. O último que sair que apague a luz! Luz?! Que luz?!

A BÁRBARIE


Um ato bárbaro, um crime hediondo e covarde, inaceitável, mas a fúria da raiva humana é descontrolável e macabra, não respondemos mais por nós! E quando vemos o estrago, já está feito!
A defesa argumentará insanidade, desvio de conduta, fará o que for possível, porque por pior que sejamos, ainda somos humanos (somos?) e não queremos ser presos, perdendo anos de nossa vida e liberdade! Até aqui, o óbvio.
Esta semana três jovens universitários estupraram uma menina de 17 anos, numa festa organizada por eles, num ato vil e incompreensível, além de cometerem o crime, filmaram também e como não bastasse, ainda vincularam o vídeo na internet para que todos pudessem ver! Estavam apenas se divertindo! Cometeram um crime bárbaro e ainda disponibilizaram a prova contra eles mesmos para que todos pudessem assistir! Sem noção de nada!
O que há com essa juventude, meu Deus?! Extrapolamos os limites da perversidade, perdemos o medo da punição, pior ainda, damos de ombro para a nossa própria morte e nos lixamos para a decência e também para a humanidade. Tornamo-nos desumanos de vez na acepção da palavra. Perdemos o tato e os sentimentos, nada nos causa constrangimento, perdemos mesmo a noção de humanidade, não nos reconhecemos mais. A barbárie começou!

DOGMAS E DESÍGNOS

Há tanta gente no mundo, que não sei como ainda há espaço, pelo menos nos grandes centros urbanos. A demanda está tornando-se inviável, a super população do planeta, muita vez, danifica a qualidade da vida desses mesmos seres, que sofrem com a exclusão, que conseqüentemente os anulam, na educação e na alimentação, que deveriam ter mas que lhes faltam, transformando-os assim em seres nocivos ao seu próprio ambiente, por conta de sua auto-sobrevivência tão difícil.
O mundo deveria ser justo e confortável para todos, mas se ele é esta provação danada e incompreensível de dogmas e desígnos, quem sou eu para me meter?!

OS EVANGÉLICOS II

Eu disse a eles que fazer o bem é uma qualidade do ser humano, que independente da religião que se tenha, o peso é igual; que eles podem até sentir como queiram, mas não precisam ficar repetindo o nome do salvador como se fosse vírgulas de três em três vocábulos, que a conversa fica chata dessa forma; que o seu poder de transformar a própria vida está consigo e que pode até estar respaldada pela sua fé tremenda, com nome do seu salvador implícito, mas daí creditar todas as suas ações à dependência total de uma força superior, é não ter muita personalidade para agir por si em sua própria vida e que talvez deus não goste muito disso não, ao contrário do que pensamos. E que fazer o bem pensando em sua própria salvação, como um bitolado buscando a redenção de seus pecados a qualquer preço, não é genuinamente fazer o bem por natureza, mas por interesse, um interesse egoísta na sua salvação, mas que ainda assim, reconhecia o quanto a sua fé era louvável, que a sua devoção era...
Fiquei falando sozinho!

OS EVANGÉLICOS

Os evangélicos espalham-se rapidamente pelo país. Uma praga ou uma salvação? São donos da verdade absoluta sobre Deus. De todo modo, sua fé e sua crença são de pedra. Acreditam piamente no paraíso, ao ponto de não acreditar em mais nada. Desta forma tornam-se chatos em suas convicções e ignoram o próprio mundo em que vivem, dizendo não pertencer a ele! Parecem filhos bastardos de Cristo, forçando a barra para serem aceitos pelo pai. 12.11.08.

O CAMPEONATO BRASILEIRO

O campeonato brasileiro de futebol, mais uma vez, se aproxima do fim. Logo saberemos quem será o legítimo campeão de 2008. E nesta reta final, os estádios ficam lotados de torcedores fanáticos, indo às lágrimas pela vitória suada ou pela derrota injusta. O rebaixamento para a série B do campeonato nacional (os 4 últimos colocados finais) deixa em pânico, os torcedores dos clubes envolvidos menos vitoriosos, do corrente ano.
Tanto para ser campeão ou para não cair para a segunda divisão, faz-se valer a máxima do coração na boca ou então na ponta da chuteira.
Todos os anos, quando se aproxima do final, o campeonato torna-se a questão mais indispensável do país! Nada é mais importante. A inflação, a corrupção, as eleições, o fim do mundo! Nada tira a ansiedade e a curiosidade de saber de quem foi o gol!

A REALIDADE NUA E CRUA

A camada mais humilde da sociedade não se importa muito com a iminente crise mundial. Só virão a entender o que se passa, quando diretamente, seus bolsos forem atingidos. Da mesma forma quando o governo fala sobre superávit, deflação, etc...
O povo é muito prático em sua vivência. Ou tem ou não tem! Ou chora ou ri! A discussão sobre um futuro promissor, ou não, pouco lhe afeta ou incomoda. Continuarão comprando, se tiver dinheiro; deixará de consumir, se não mais o tiver. Passarão de uma forma ou de outra, pelos natais, carnavais, anos novos, gordos ou magros, que sempre passaram, não importa.
O que só importa é a realidade. Nua e crua!

UM NOVO LÍDER MUNDIAL!

Um líder mundial negro! A relevância e a proporção que isso atinge, é ao mesmo tempo genial e quase imperceptivelmente suspeita. Festejar a cor da pele, que agora sobressai como nunca antes, é de certa forma, a celebração disfarçada do mesmo preconceito do qual ela sempre foi vítima. Seria realmente perfeito se isso fosse de fato irrelevante. Aí sim, poderíamos festejar a verdadeira evolução do homem em relação ao outro homem. Festejar o progresso de alguém realmente capaz e merecedor de estar onde está, independente se ele é branco, negro, azul, roxo, vermelho ou amarelo. Festejar o novo líder, apenas isto e não o negro no poder, mesmo que a celebração seja legítima, assim como a conquista.